
Pelo menos 07 comunidades do Assentamento PA Moju I e II do município de Placas ao sul do município de Mojuí dos Campos, desde 2010 tem se manifestado favoráveis ao desmembramento daquele município.
Na última quarta-feira (02), lideranças das comunidades Santa Fé do Cachoeirinha, Igarapé do Fortaleza, Sombra Santa, Aracuzinho, Santa Rita de Cássia, Oliveira Sena e Sete Voltas estiveram na Câmara de Vereadores de Mojuí dos Campos com apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares – STTR/MC para apresentar suas manifestações e pedir apoio dos parlamentares mojuiense a sua luta.
Através do STTR as lideranças tiveram direito a Tribuna Livre durante a sessão para expor suas reinvindicações.
Valdir Oliveira Presidente do STTR comentou que a luta dessas comunidades vem desde 2010, quando os comunitários pediram para fazer parte do recém-fundado Sindicato do novo município. “As delegacias dessas comunidades pertencem ao nosso sindicato e tudo que precisam resolver ou vem a Mojuí dos Campos ou a Santarém”
O Líder comunitário daquela região Erney Cardoso que usou a tribuna relatou as dificuldades enfrentadas pelos moradores para irem a sede do município a qual atualmente pertencem. De acordo com Erney é mais fácil vir para Mojuí do que ir para Placas. “Temos que percorrer 40 quilômetros até a BR 163 (Santarém- Cuiabá) e de á mais 90 quilômetros até Rurópolis e de Rurópolis a Placas mais 75 quilômetros em transportes alternativos, pois não existem linhas de ônibus das comunidades para a sede do município e as vezes chegamos lá e não resolvem o nosso problema” informou o comunitário
A presidente da Associação da Comunidade Igarapé do Fortaleza Terezinha Oliveira da Silva fez seu desabafo com o abandono que vive a região. De acordo com ela o motivo de pedir o desmembramento é justamente pelo descaso do município atual com a região. “Na próxima eleição para prefeito a urna, vai chegar e voltar, não vamos votar por que não adianta, pois não temos escola, não temos estradas, estamos abandonados”.
Os vereadores foram favoráveis a situação dos moradores e através do presidente do legislativo dispôs o assessor jurídico para acompanhamento do caso.