
Hoje pela manhã, 16 lideranças das comunidades Pau Rosa, Santa Terezinha e Vista Alegre do Moju, que ficam as margens do Rio Moju na zona rural de Mojuí dos Campos no Oeste do Pará, procuraram a Câmara de Vereadores do município para conseguirem uma audiência com o Secretário de Educação a fim de uma explicação sobre os motivos que levaram a retirada do barco e a inclusão de bajaras no transporte escolar.
A nossa reportagem conversou com Lucinelson Silva da comunidade Vista Alegre do Moju que explicou o motivo da revolta das lideranças contra a mudança de transportes.
De acordo com Lucinelson se a retirada foi para conter despesa, não pensaram na vida dos estudantes. “vai deixar uma bajara pra carregar 22 alunos, é inviável, pois ela só tem capacidade para carregar no máximo 14 alunos e com excesso é um perigo para as crianças naquele rio” denunciou o líder acrescentando as dificuldades de navegar no rio, que com a baixa da água começam aparecer troncos de árvores.
“Isso é muito agravante, mas infelizmente só vem cair nas costas dos menos favorecidos”, lamentou Lucinelson.
Ao final da entrevista Lucinelson fez um desabafo sobre a precariedade do serviço de transporte escolar que colabora para o não cumprimento do calendário escolar. “Queremos que resolva esse problema para que não acabar com essa angustia, pois nossos estudantes já são prejudicados por natureza, por suas condições sociais, pelos dias letivos que não são cumpridos”, desabafou.
De acordo com Lucinelson durante o ano os alunos não chegam a frequentar a escola nem 150 dias pela precariedade do transporte escolar.
As lideranças reuniram com os vereadores e com o secretário de Educação Juvenal Arruda. Após a reunião Juvenal atendeu a reportagem e explicou a tomada de decisão de retirar barcos e colocar bajaras para prestar o serviço.
“Encontramos a solução, devido a seca nesse período, retiramos o barco e colocamos bajaras que podem pegar e deixar os estudantes nos seu próprios portos e isso vai facilitar o acesso das crianças” esclareceu o secretário.
Juvenal garantiu ter conversado com a comunidade e entrado em consenso e tudo já está resolvido.
Reportagem: Arnaldo Santos