O município de Mojuí dos Campos no Oeste do Pará foi destaque no Jornal Nacional, da TV Globo, na edição da última sexta-feira (06). O município da famosa Festa da Integração Nordestina e da Caminhada de Fé com Maria, ganhou espaço no telejornalismo sobre desmatamento.

A reportagem destacou aumento de áreas desmatadas no município e apresentou uma iniciativa local que une produção agrícola e preservação ambiental.
A reportagem frisou que o município está em plena expansão agrícola, por ficar próximo a BR 163, corredor de grãos entre Mato Grosso e o Porto de Santarém/PA. Segundo dados do INPE, o desmatamento no município saltou de 10 para 25 quilômetros quadrados em 2 anos.
A reportagem apresentou uma área desmatada hà mais de 10 anos para pasto. A área foi vendida e ultimamente, transformada em lavoura de soja. De acordo com a reportagem, o produtor rural esse ano, para expandir sua área fez o desmate de 07 hectares, área considerada de regeneração florestal, com árvores de 15 a 20 anos. Para a reportagem do JN, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA, informou que o agricultor não tinha autorização para desmatar, mas mesmo assim derrubou as 7 hectares de floresta.

Segundo o secretário, o produtor foi multado em aproximadamente R$ 3,500 (três mil e quinhentos reais) E de acordo com a lei ambiental foi autuado e seu processo encaminhado ao MP. Área desmatada foi embargada.
Áreas de regeneração florestal, como a que foi derrubada em Mojuí dos Campos, tem papel importante na absorção de CO2 na atmosfera.
Ainda em Mojuí dos Campos, a reportagem destacou uma iniciativa que une produção e preservação florestal. No município há uma fazenda onde as lavouras estão cercadas por ilhas verdes de mata nativa preservada. Para não avançar sobre a floresta, o produtor, faz uma espécie de rodízio para produzir soja, milho e gado em uma mesma área o ano todo.

“Temos que ter tecnologia, técnicas de sustentabilidade, mas também de produtividade, de inserção no mercado no modelo econômico pra poder ficar na região…O mercado exige que hoje nós estamos com legalidade. Se tem lei, a lei nós devemos cumprí-la, pra poder ter esse equilíbrio, pra poder ter uma vida melhor pra quem vive aqui na Amazônia”, disse o produtor que aposta na produção consorciada com o meio ambiente.

Com informações do JN – Eduardo Enrique/Portal Mojuí na Íntegra